Dicas para mães de primeira viagem

“Ajudar as crianças a prosperar não significa dar os melhores brinquedos ou os aparelhos eletrônicos mais caros, muito pelo contrário; a aprendizagem acontece quando as crianças criam seus próprios mundos durante a brincadeira”(Deruy, 2016).

Descobri recentemente que serei mãe neste outono. Talvez sejam os hormônios, ou talvez sejam as grandes mudanças de direção em minha vida, mas eu definitivamente tenho refletido mais nos últimos tempos. Uma das minhas maiores preocupações – e tenho certeza de que a compartilho com outras mães – é sobre o que eu quero ensinar aos meus filhos. Mais do que apenas conhecimentos acadêmicos, eu realmente gostaria de transmitir um conjunto de princípios para eles. Felizmente, minha formação em psicologia e meu trabalho com a primeira infância me proporcionaram algumas boas ferramentas para isso. A lista não é, de maneira alguma, definitiva – continuarei aperfeiçoando aquilo que realmente valorizo e que desejo que meus filhos vivam e aprendam.

Aqui está o meu conjunto atual de “regras” – com muitas mudanças, inclusões e melhorias a serem feitas nos próximos meses (e certamente depois disso também!).

 

  • Inteligência e talento não são fixos, mas maleáveis. Carol Dweck, professora de Stanford conhecida por defender a importância de uma mentalidade em desenvolvimento em relação a uma mentalidade fixa, enfatiza que as crianças e os adultos que acreditam que inteligência ou qualquer talento é como um músculo – se você o exercita, ele fica mais forte – se tornam mais propensos a se esforçarem mais e, portanto, têm mais sucesso. Recomendo fortemente assistir à palestra do TED de Carol Dweck disponível neste link.

 

  • A inteligência não é o fator mais importante para se ter sucesso. Fiquei intrigada com as pesquisas que apontam a importância de fatores não-cognitivos no sucesso. A matemática e a leitura são importantes, mas as chamadas “habilidades comportamentais” são mais importantes. Ser capaz de trabalhar com os outros, criar amizades duradouras e formar relacionamentos fortes fazem mais por uma pessoa do que suas habilidades acadêmicas. Enquanto os jardins de infância estiverem focados no conhecimento acadêmico, estaremos limitando as oportunidades de as crianças aprenderem as lições que realmente importam. Acontece que tudo aquilo que você precisa saber pode ser aprendido no jardim de infância. Para se inspirar, recomendo o livro de Paul Tough “Como as crianças aprendem”.

 

banner kinedu desenvolvimento
  • O que é o sucesso, afinal? Nossa geração cresceu ouvindo que ser feliz é o mais importante. Mas, de acordo com um estudo de 2012 da American College Counselling Association, as taxas de depressão em estudantes universitários estão crescendo. A geração dos Millenials pode acreditar que buscar a felicidade é a resposta, mas parece que o resultado disso não tem sido positivo. Tenho certeza de que a forma como acabarei educando meus filhos será uma resposta direta à descoberta de que a busca da felicidade não é tudo que existe. No entanto, ainda estou tentando formular a melhor maneira de garantir que meus filhos estejam preparados para futuros obstáculos, enquanto também encontram tempo para aproveitar as coisas positivas da vida. Para refletir sobre este tema, recomendo a leitura do artigo “The Moral Bucket List”, de David Brooks, disponível em inglês neste link.

 

Estes são os três primeiros itens da minha lista. À medida que o outono se aproxima, irei me aprofundar em outras leituras e reflexões para chegar a uma lista mais completa. Por favor, comente abaixo se você tem algumas “regras de vida” ou dicas para os pais de primeira viagem (ou segunda, ou terceira…). Podemos ser capazes de chegar a uma lista mais completa e definitiva juntos!

Obrigada!

Eugenia