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Assimetria craniana: entenda a plagiocefalia!

A assimetria craniana pode ter diversas origens e tem tratamento. Quanto mais cedo for diagnosticada, mais tranquilo será para você e para o seu bebê.

Quando falamos em Síndrome da Cabeça Chata, estamos nos referindo a dois acontecimentos comuns em bebês. Um deles é a braquicefalia, quando há o achatamento da parte posterior da cabeça, alargando-a; o outro é a plagiocefalia, em que apenas um dos lados fica achatado. Esse último é o que chamamos de assimetria craniana.

Plagiocefalia é a maneira pela qual os médicos se referem a essa deformação, que ocorre em função da maleabilidade do crânio do bebê, que está em processo de desenvolvimento. Ela pode se manifestar por diferentes motivos e, quanto mais precocemente for detectada, mais rápido e eficaz será o tratamento.

Neste post, compartilhamos com você as possíveis causas da assimetria craniana, além da dedicação que pais e cuidadores precisam ter com os bebês. Confira!

Causas da assimetria craniana

Quando o bebê nasce, os ossos se apresentam separados uns dos outros. Essa característica facilita a passagem pelo canal vaginal e permite o crescimento do cérebro, que chega a dobrar de tamanho nos primeiros meses de vida. Por esse motivo, a cabeça dos recém-nascidos é menos rígida e requer uma atenção especial.

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Até os dois anos de idade, ocorre o fechamento natural das placas ósseas do crânio. É justamente nesse período que pais e cuidadores devem ficar atentos a algumas alterações. É importante ressaltar que, mesmo nos primeiros dias de vida, podem ocorrer modificações. Mas qual é a origem disso? Entre outros, podemos mencionar os seguintes motivos:

  • posicionamento para deitar ou dormir: muitos bebês viram sempre a cabecinha para o mesmo lado, é como se fosse mesmo uma preferência. Porém, esse hábito é uma das origens da plagiocefalia posicional, que é quando a assimetria se manifesta em função da posição;
  • torcicolo congênito: quando isso acontece, os músculos do pescoço ficam mais comprimidos em uma das laterais, o que pode fazer com que o bebê vire a cabeça sempre para um único lado, favorecendo o achatamento do crânio;
  • fechamento precoce das placas ósseas: em alguns casos, os ossos cranianos podem se fechar antes que o crescimento cerebral seja finalizado. A esse acontecimento, damos o nome de plagiocefalia associada à craniossinostose, que explicaremos adiante;
  • parto natural: é normal acontecer nessa situação, afinal, o canal vaginal é bastante estreito quando comparado à cabeça do recém-nascido. Mas, tudo bem, esse é um dos motivos de a cabecinha dele ser flexível. Em alguns dias, o mais provável é que a deformação desapareça.

Procure sempre seu pediatra

De qualquer forma, para que você obtenha um diagnóstico confiável, tanto da causa quanto do tratamento, é imprescindível entrar em contato com o pediatra. Por meio de um exame clínico — em que crânio e face serão analisados —, o médico terá a oportunidade de avaliar seu bebê por diversos ângulos. Se necessário, serão recomendados exames específicos de raios X.

Uma das técnicas que seu médico poderá utilizar é posicionar levemente um dedo em cada uma das orelhas do seu bebê. Caso os dedos fiquem desalinhados, poderá ser um sinal de plagiocefalia posicional. Além de analisar diretamente o pequeno paciente, também será necessária uma conversa com os pais a fim de conhecer um pouco mais do histórico familiar.

Após o exame clínico e o de imagens — sendo averiguada a necessidade de se fazer uma cirurgia corretiva —, o pediatra encaminhará o caso para um neurocirurgião pediátrico ou para um cirurgião plástico especialista em questões craniofaciais em bebês e crianças. Esse procedimento poderá ser requisitado para os casos de craniossinostose que mencionamos antes.

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Assim é chamado o fechamento precoce das placas ósseas, ou seja, a craniossinostose é causada pela fusão antecipada dos ossos cranianos. Em alguns casos, a solução precisa ser cirúrgica a fim de criar um espaço interno para que o cérebro possa se desenvolver normalmente. Há situações em que ela será necessária também para nivelar, esteticamente, os dois lados.

Leve esses cuidados em consideração

A deformidade craniana posicional pode ocorrer tanto dentro do útero quanto no ato do nascimento, conforme já dito aqui, sendo mais comum se manifestar nas primeiras 4 a 12 semanas fora da barriga da mãe, que é a fase em que o bebê tem menos autonomia para se mexer e passa muito tempo deitado.

O indicado é que bebês pequenos durmam sempre de barriga para cima. Dessa forma, mude-o de lugar dentro do próprio berço, essa alteração cotidiana pode fazer muita diferença. Outra observação importante é posicionar seu bebê de bruços por 15 a 20 minutos, pelo menos, quatro vezes por dia. Quando for fazer isso, fique de vigília.

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Esse exercício diário ajuda a evitar possíveis deformações cranianas, além de fortalecer os músculos do pescoço. Como o bebê ainda não tem força para se virar significativamente por conta própria, você vai precisar reposicioná-lo diversas vezes por dia. Do berço para os braços — que devem ser alternados —, dos braços para o carrinho e assim por diante.

A fim de verificar diariamente as alterações em seu bebê, aproveite os momentos logo após o banho. Com a cabeça dele ainda molhada, passe a mão delicadamente verificando se ela está redonda de maneira uniforme. Aproveite também para avaliar se as orelhas estão na mesma linha e se a largura da testa coincide com a largura da cabeça.

Tratamento com capacete

Caso a deformação seja percebida e você passe a fazer as alterações de posição — mas não ocorram melhoras perceptíveis —, pode ser o caso de ter que fazer um tratamento com o capacete. Ele é fabricado sob medida e viabiliza o arredondamento da cabeça, permitindo o contínuo e gradual crescimento do cérebro.  

Aconselha-se a utilização do capacete por, no mínimo, 20 horas, e é necessário retirá-lo na hora do banho, quando também precisará ser higienizado. É preferível que o tratamento com o capacete ocorra até os 8 meses, mas pode ser indicado para as crianças mais velhas antes de completarem 2 anos de idade.

Fique tranquilo, a assimetria craniana não interfere nas habilidades intelectuais, tampouco causa qualquer outra questão médica para o seu bebê. Mas não custa lembrar que o melhor tratamento é a prevenção. Por isso, é muito importante poder contar com a avaliação precoce do médico pediatra. Assim, seu filho passará por um desenvolvimento mais tranquilo e saudável.

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